Manifestação dos filhotes da ditadura
Carta dos Professores do Curso de Física da USP pedindo que a reitora usa a repressão contra os alunos. Esses elementos estão na minha lista de colaboradores do mal.
A carta deles para a Reitora está disponível no endereço.
Grupo de professores do IF encaminha documento à Reitoria
USP Online
http://noticias.usp.br/acontece/obterNoticia?codntc=16237&codnucjrn=1
Leia a seguir a íntegra do documento encaminhado à Reitoria por um grupo de professores do Instituto de Física (IF) da USP:
15 de maio de 2007
Magnífica Reitora
Profa. Dra. Suely Vilela
Universidade de São Paulo
Prezada Professora,
Vimos nesta exigir desta Universidade o cumprimento de seus deveres assim como pedir providências no sentido de viabilizar o pleno exercício do Ensino, da Pesquisa, assim como da Extensão destes à sociedade. Passamos a relatar ponto a ponto as questões que norteiam nossa manifestação.
1. Exigimos que se mantenham íntegras as instâncias universitárias, a reitoria, os institutos, as salas de aulas e os laboratórios de pesquisa. Não se pode abrir diálogo com os novos SA, que usam da força para chegar a seus objetivos. Somos professores e pesquisadores na defesa de um ideal, e grupos de desclassificados devem ser tratados com o rigor da lei ainda vigente neste país.
2. Há bons e maus policiais, como há bons e maus acadêmicos, bons e maus médicos, bons e maus cidadãos. Vimos exigir que policiais sejam selecionados para dar proteção a bons professores, bons funcionários e bons estudantes que estão na Universidade cumprindo seu dever e usufruindo seu direito como cidadãos. A Polícia Militar é uma instituição com muitos homens e mulheres íntegros cujo serviço é para o bem estar da população civil na qual nos incluímos. Sentimo-nos protegidos pelas instituições e ameaçados por um grupo de desclassificados que vagueiam pela Universidade.
3. A representação discente deve ser uma representação oficial e não uma representação de um diretório. Os estudantes honestos reclamam que só podem ser candidatos aqueles que participarem dos órgãos estudantis ligados ao chamado DCE. Isto forma algo parecido com as famigeradas Rote Armée Faction que impõem seu querer através da força. A Universidade deve gerir o processo de escolha dos representantes como fazia no passado.
4. A Universidade não é uma democracia. Isto deve ser muito claro para nós, para os estudantes e para todos os interessados em uma Universidade decente. Qualquer estudante pode ter mais razão que qualquer professor, e isto deve ser sempre levado em conta. No entanto, não se processam decisões pelo voto na Universidade, e sim pelo convencimento direto daqueles que se propuseram ao pensamento íntegro como forma de agir.
5. Qualquer forma de intimidação deve ser respondida com total força, dentro da legitimidade. O diálogo de Chamberlain com o Nazismo levou às primeiras grandes agressões deste câncer que mudou a face da história no século XX. Nossa atitude deve se pautar pela mais forte defesa de ideais não importante a que nível, com força total, dentro da lei.
Atenciosamente,
Elcio Abdalla
Raul Abramo
Sylvio Ferraz Mello
Renata Zukanovich Funchal
Mahir Saleh Hussein
Antonio F. R. de Toledo Piza
Antonio Martins Figueiredo Neto
Mário José de Oliveira
João Carlos Alves Barata
A carta deles para a Reitora está disponível no endereço.
Grupo de professores do IF encaminha documento à Reitoria
USP Online
http://noticias.usp.br/acontece/obterNoticia?codntc=16237&codnucjrn=1Leia a seguir a íntegra do documento encaminhado à Reitoria por um grupo de professores do Instituto de Física (IF) da USP:
15 de maio de 2007
Magnífica Reitora
Profa. Dra. Suely Vilela
Universidade de São Paulo
Prezada Professora,
Vimos nesta exigir desta Universidade o cumprimento de seus deveres assim como pedir providências no sentido de viabilizar o pleno exercício do Ensino, da Pesquisa, assim como da Extensão destes à sociedade. Passamos a relatar ponto a ponto as questões que norteiam nossa manifestação.
1. Exigimos que se mantenham íntegras as instâncias universitárias, a reitoria, os institutos, as salas de aulas e os laboratórios de pesquisa. Não se pode abrir diálogo com os novos SA, que usam da força para chegar a seus objetivos. Somos professores e pesquisadores na defesa de um ideal, e grupos de desclassificados devem ser tratados com o rigor da lei ainda vigente neste país.
2. Há bons e maus policiais, como há bons e maus acadêmicos, bons e maus médicos, bons e maus cidadãos. Vimos exigir que policiais sejam selecionados para dar proteção a bons professores, bons funcionários e bons estudantes que estão na Universidade cumprindo seu dever e usufruindo seu direito como cidadãos. A Polícia Militar é uma instituição com muitos homens e mulheres íntegros cujo serviço é para o bem estar da população civil na qual nos incluímos. Sentimo-nos protegidos pelas instituições e ameaçados por um grupo de desclassificados que vagueiam pela Universidade.
3. A representação discente deve ser uma representação oficial e não uma representação de um diretório. Os estudantes honestos reclamam que só podem ser candidatos aqueles que participarem dos órgãos estudantis ligados ao chamado DCE. Isto forma algo parecido com as famigeradas Rote Armée Faction que impõem seu querer através da força. A Universidade deve gerir o processo de escolha dos representantes como fazia no passado.
4. A Universidade não é uma democracia. Isto deve ser muito claro para nós, para os estudantes e para todos os interessados em uma Universidade decente. Qualquer estudante pode ter mais razão que qualquer professor, e isto deve ser sempre levado em conta. No entanto, não se processam decisões pelo voto na Universidade, e sim pelo convencimento direto daqueles que se propuseram ao pensamento íntegro como forma de agir.
5. Qualquer forma de intimidação deve ser respondida com total força, dentro da legitimidade. O diálogo de Chamberlain com o Nazismo levou às primeiras grandes agressões deste câncer que mudou a face da história no século XX. Nossa atitude deve se pautar pela mais forte defesa de ideais não importante a que nível, com força total, dentro da lei.
Atenciosamente,
Elcio Abdalla
Raul Abramo
Sylvio Ferraz Mello
Renata Zukanovich Funchal
Mahir Saleh Hussein
Antonio F. R. de Toledo Piza
Antonio Martins Figueiredo Neto
Mário José de Oliveira
João Carlos Alves Barata
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Quem são os desclassificados ?
Eu li corretamente ? Chamaram-me de desclassificados ? Eu concordo com eles. Realmente, eu, assim como a maioria desse país, somos de pessoas desclassificadas. Somos desclassificados por quem faz a classificação. E quem faz a classificação é a classe dominante.
Além disso, quem classifica também faz a lei. Logo, além de desclassificados também não temos direitos e lei trabalha contra nós. Foi boa a lembrança do Nazismo. E aqui eu cito uma consideração interessante sobre o problema da legitimidade:
-------------------
Problema da legitimidade
(dir. const.)
O advento do nazismo, que atingiu o poder sem violar a legalidade constitucional alemã, mas que depois de estar no poder transformou-se no mais terrível regime político conhecido pela humanidade, colocou no terreno da discussão filosófico-jurídica o tema da legitimidade.
Dúvida não existe de que todo regime ilegal é ilegítimo, mas será legítimo todo governo legal?
Este é o problema, cuja solução ainda não foi encontrada. Pétain chegou ao poder legalmente, mas exerceu-o ilegitimamente. De Gaulle criou um governo ilegal no exílio, mas foi considerado legítimo pela opinião pública internacional.
A discussão envolve todo o conceito de direito e de justiça, e nela os jusnaturalistas estão bem mais à vontade que os positivistas, pois estes, ao contrário daqueles, partem da lei para diante, sem querer indagar das origens ou fins da lei.
Democraticamente falando o fundamento do poder está na opinião pública que o consagra. Ilegítimo é todo poder que não se baseia no consenso dos governados. Mas, e por aí se vê como a questão é espinhosa, após certo tempo de poder Ilegítimo os seus detentores conseguem também criar uma vasta opinião pública ou até mesmo mais de uma geração que o aceita e defende.
O critério menos duvidoso seria considerar como legítimos apenas os governos que defendem a liberdade humana através de eleições livres pluri-partidárias, garantindo o direito da minoria manifestar-se. Em épocas de crise vale a opinião popular espontânea.
B. - Paulo Bonavides, Ciência Política. F. G. Vargas. Rio, 1967.
Texto completo em:
http://leonildoc.orgfree.com/resistencia.htm
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Enfim, eu não consigo entender como professores univeristário da USP - Curso de Física - podem ser tão tapados, tão medíocres, tão incompetentes politicamente. Precisamos mudar urgentemente alguns porntos da formação, pois não adianta nada o indivíduo saber tudo de matemática e física e não conseguir saber distinguir entre o interesse da coletividade e o interesse pessoal.
Além disso, quem classifica também faz a lei. Logo, além de desclassificados também não temos direitos e lei trabalha contra nós. Foi boa a lembrança do Nazismo. E aqui eu cito uma consideração interessante sobre o problema da legitimidade:
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Problema da legitimidade
(dir. const.)
O advento do nazismo, que atingiu o poder sem violar a legalidade constitucional alemã, mas que depois de estar no poder transformou-se no mais terrível regime político conhecido pela humanidade, colocou no terreno da discussão filosófico-jurídica o tema da legitimidade.
Dúvida não existe de que todo regime ilegal é ilegítimo, mas será legítimo todo governo legal?
Este é o problema, cuja solução ainda não foi encontrada. Pétain chegou ao poder legalmente, mas exerceu-o ilegitimamente. De Gaulle criou um governo ilegal no exílio, mas foi considerado legítimo pela opinião pública internacional.
A discussão envolve todo o conceito de direito e de justiça, e nela os jusnaturalistas estão bem mais à vontade que os positivistas, pois estes, ao contrário daqueles, partem da lei para diante, sem querer indagar das origens ou fins da lei.
Democraticamente falando o fundamento do poder está na opinião pública que o consagra. Ilegítimo é todo poder que não se baseia no consenso dos governados. Mas, e por aí se vê como a questão é espinhosa, após certo tempo de poder Ilegítimo os seus detentores conseguem também criar uma vasta opinião pública ou até mesmo mais de uma geração que o aceita e defende.
O critério menos duvidoso seria considerar como legítimos apenas os governos que defendem a liberdade humana através de eleições livres pluri-partidárias, garantindo o direito da minoria manifestar-se. Em épocas de crise vale a opinião popular espontânea.
B. - Paulo Bonavides, Ciência Política. F. G. Vargas. Rio, 1967.
Texto completo em:
http://leonildoc.orgfree.com/resistencia.htm-------------------------------------
Enfim, eu não consigo entender como professores univeristário da USP - Curso de Física - podem ser tão tapados, tão medíocres, tão incompetentes politicamente. Precisamos mudar urgentemente alguns porntos da formação, pois não adianta nada o indivíduo saber tudo de matemática e física e não conseguir saber distinguir entre o interesse da coletividade e o interesse pessoal.
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